Resumo: A Bíblia hebraica não apresenta o prazer como problema. Não
obstante, o envolvimento com a tradição filosófica grega trouxe a
intérpretes judeus a possibilidade (quiçá a necessidade) de relacionar
seu próprio Livro Sagrado com a questão do prazer. Em Fílon de
Alexandria, a Torah se envolve de modo direto em uma oposição
ao hedonismo. Neste artigo, observo a forma como essa oposição se
realiza no texto de Fílon, e sugiro que se trata de uma oposição de
discursos motivada não simplesmente pela resistência ao prazer ou por
engajamento no contexto filosófico, mas também pela necessidade de
preservação da pertinência do próprio Livro. Antes de abordar a obra do
exegeta alexandrino, refiro-me brevemente ao que temos a respeito do
prazer na Bíblia hebraica/grega, na Carta de Aristeas e em 4 Macabeus.
Esse percurso deverá proporcionar o acompanhamento de um processo de
mudança na relação entre os escritores judeus e o tema do prazer. Além
disso, evidenciará a especificidade e a sofisticação que se encontra em
Fílon.
Autor: Cesar Motta Rios
Periódico: Horizonte: Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião (v. 13, n. 39).
Ano: 2015
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